quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Comunicaçao



Entrevista como o professor Juremir Machado da Silva.Juremir, natural de Livramento (RS), onde nasceu em 1962, é graduado em Jornalismo e História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande o Sul, fez mestrado sob a orientação de Michel Maffesoli e doutorou-se em Sociologia da Cultura, sob a orientação de Edgar Morin, na Universidade de Paris. Iniciou sua carreira jornalística na imprensa gaúcha, como comentarista do tablóide Zero Hora.Contratado pela PUC – RS, atua como docente dos programas de graduação e pó-graduação da Faculdade dos Meios de Comunicação Social (Famecos), onde é também editor da Revista Famecos.Ficcionista, tem contos, novelas e romances públicados.



Matheus Cardozo)Professor o que representa a academia para o Sr. atualmente, ela conserva ainda sua origem, de desenvolvimento do pensar humano, ou esta em crise, por conseqüência da técnica tomar cada dia mais as grades curriculares das universidade de todo o pais?


(Jurimir da Silva)A universidade continua sendo um bom espaço de crítica e de autonomia. Evidentemente que, como tudo, tem margens de manobra e limites. É um lugar de negociação que permite falar e dedicar tempo a coisas que não interessam ao mercado, como a poesia, a teoria e a própria crítica.

(Matheus Cardozo)Como foi para o Sr. ter que ouvir o Diogo Mainardi, dizer que não é necessário ser jornalista para ser colunista, tendo como público estudantes de jornalismo?


(Juremir da silva)Eu acredito na importância da faculdade para preparar jornalistas, mas creio que não é obrigatório ser jornalista diplomado para ser um bom colunista. Além disso, existem outros cursos que podem ajudar a produzir bons colunistas.

(Matheus Cardozo) Seria o Diogo, uma representatividade do que Debord chama de espetacular?Sendo não um critico, mas sim, uma ferramenta do próprio mercado, quando a veja não quiser mais, ele deixa de existir?

(Juremir da Silva)Tudo pode ser descartado na vida inclusive Luis Fernando Veríssimo e Fernanda Montenegro. Ninguém está ao abrigo.

(Matheus Cardozo) Qual é a importância de Debord hoje dentro da comunicação, e da sociologia de um modo geral?
(Juremir da Silva)Debord é o maior crítico de mídia que já existiu. É imbatível.

(Matheuss Cardozo) Escrevo um artigo, sobre a influência da publicidade no jornalismo, segundo a “Sociedade do Espetáculo” de Debord, o Sr. acha que Debord é um teórico possível para fazer esse trabalho?


(Juremir da Silva) Sem dúvida. Debord está cada vez mais atual. É pau puro. O visionário que deu certo. Infelizmente para nós!

Um comentário:

Juliana Szabluk disse...

gostaria de compreender quem é "nós" no "infelizmente para nós" do juremir. fica a sugestão de pergunta pra uma próxima entrevista espetacular...